quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Confessions | The Series

#16 Sinto falta da sua voz. Tanto que queria que ligasse nem que fosse só para falar "Isso aqui acaba aqui."
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Confessions | The Series

#15 Happy birthday, you amazing person! I'm proud of you! Pois um pouco de amor próprio não atrasa a vida.
sábado, 26 de janeiro de 2013

Manhã Azul

É como canta Lana...
Às vezes amar não é o suficiente e a estrada fica difícil.
Não sei porquê.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Comparsas

Não devo ferir meu ego, ele já teve o bastante disso.
Simplicidade não é tão simples. Cerveja e cigarros são simples.
Calo-me, ao menos você voltou, por alguns minutos.
A porta estava aberta, eu sei. Não deveria debater. Calo-me.
Olhei para algumas bundas hoje. Mas, foi isso, olhei. Não vi nada. Por que?
Velho Johnny solta suas histórias com o vilão em mãos.
Deveria seguir seu conselho. Homem solitário.
Mas, não sou homem. Não o bastante.
Bukowski me acompanhou durante o dia.
Ele bateu em alguns caras. Durão.
Deveria seguir seu exemplo. Mas não tenho colhões.
Jack também deu seu parecer.  Deveria ser como ele.
Mas não tenho uma estrada a seguir.
Nós quatro sentamos em uma roda, a uma mesa de bar.
Pedimos tequila, cerveja e duas doses de whiskey.
Discutimos mulheres. Orgasmos, bundas e peitos.
Discutimos a vida. Esperar e agir.
Concordaram que apesar de serem homens solitários durões com estradas,
esperariam.
Todo homem tem uma fraqueza. Devo ter um pouco de homem em mim, então.
O amor é um homem.
É durão. Tem colhões. Segue uma estrada, mesmo sendo incerta.
Mas sendo homem, desaba por vezes.
Pelo menos você voltou por alguns minutos.
Não tranquei a porcaria da porta. Devo ter perdido a chave.
Ou me fiz perdê-la.
Johnny continua com sua história em Reno.
Bukowski fala sobre sua ruiva.
Kerouac de New York.
Eu fico em silêncio. Os ouço.
Espero a porta rangir.

Íntimo

6 da tarde. O dia acaba.
Alivia e aperta ao mesmo tempo.
Contas a pagar.
Decisões a tomar.
Deveria ter uma cerveja para tomar.
Comida a cortar.
Quarto a arrumar.
Família a orgulhar.
Nada a fazer.
8 da noite. O vento fica um  pouco lento. Ou mais forte.
O homem tenta encontrar um corpo desaparecido.
Computadores milagrosos.
Ficção.
Corrida.
Ducha.
Lanche a preparar.
Parede a pintar. Vai ficar assim.
Assim, por tempo ilimitado.
9 da noite. É quieto aqui.
Já assisti o  mesmo filme. 10 vezes.
Não consecutivas.
O chão é frio.
O quarto é quente.
Cama a trocar. Ainda.
Talvez semana que vem.
Telefone a tocar.
Deixado pra lá.
A cozinha parece tão longe.
Mato tempo, olhando os ovos cozinharem.
Burbulham.
A vida é engraçada.
Humor negro.
As formigas tentam escapar pela janela.
Contas a pagar.
Ovos a descascar.
Tempo a passar.
Eu e ele temos muito em comum. Também deixo para depois.
10 da noite. A noite começa.
Água a tomar.
Dentes a escovar.
Roupas a escolher.
Sono a vir.
Um lunático tenta implantar anarquia em uma cidade.
Um garoto desobediente descobre um mundo só seu.
Boa noites a dar.
Espaço.
Boa noites não dados.
Sono a vir.
Um detetive salva uma cidade mas condena a si mesmo.
Monstros se despedem de um rei e...
e...
Snoo  a ivr
Soon a rvi...
Sono a vir.
Talvez...amanhã.
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Confessions | The Series

#14 My birthday is coming. And if I had one wish, yeah, you'd be it.

Passeio

Jogou um saco de batatas cheio de suas roupas pelo ombro e pôs um dos pés para fora.
Colocou-o de volta para dentro.
Não é certo.
Mas talvez é o que preciso.
Duas pisadas na calçada mal planejada, cheia de buracos e sujeira.
Talvez é o que deva ser feito.
Nunca gostara de cerejas.
Preferia morangos.
O vento deu um tapa em seu rosto. Fora carinhoso, sem pressa. Um tapa de amor.
Mas o que sabia disso?
A fome lhe esmagava o estômago.
Essa não tinha piedade. Torce, filho da puta.
A boca secava, o sol derretia, as pernas moviam-se.
Viu um pequeno pássaro pousar no fio do poste.
Ele estava tão morto quanto o corpo que se arrastava pela estrada de chão batido.
Nunca gostou de futebol.
Preferia dormir.
Deitou-se no chão e olhou para as próprias mãos, viu a linha da razão escapar entre os dedos.
Chorou.
Acordou.
Abriu um sorriso, o pássaro já havia aberto suas pequenas asas e tomado um rumo diferente.
Ao seu lado o relógio marcava os compromissos.
Resolveu esquecê-los.
Descansou sobre seu saco de batatas.