quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Bukowski é um cão dos diabos

Por hoje ouso escrever sobre esse cara.
Por hoje escreverei sobre esse filho da puta.
Afinal,
não somos todos?
Palavra após palavra,
me curo.
Curo uma ressaca.
Uma mágoa
ou várias.
Tento copia-lo.
Ele é o máximo.
Feio.
Barrigudo
cachaceiro
sacana.
Ela xinga,
não se importa.
Se importa.
Mata sem ferir.
Fere e mata.
Continuamente.
Desgraçado, consegue ser feliz
sendo miserável.
Por hoje escrevo sem escrever.
Me veio na cabeça.
Dedilhei um pouco.
Mastiguei remorso.
Joguei uma garrafa de vinho branco fora.
Prefiro tinto.